domingo, 13 de outubro de 2013

Sibutramina


O que é a sibutramina?


   Sibutramina aumenta  o metabolismo e, portanto,  também  a queima    de calorias, além  de inibir o apetite. Funciona por meio do aumento dos níveis de dois mensageiros no cérebro: norepinefrina e serotonina. Estes elementos são responsáveis   por acionar o mecanismo de saciedade - o centro de satisfação no cérebro – o que auxilia a comer apenas o suficiente. Desse modo é possível eliminar o peso adicional além do que se perderia somente com dieta e atividade física.Assim, ela é uma substância aplicada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica. Criada inicialmente como antidepressivo.

   Sua comercialização está proibida desde 2010 nos Estados Unidos, baseada nas evidências de um estudo denominado SCOUT realizado na Europa que durou seis anos e envolveu 10.000 pessoas obesas, alegando que a maioria dos pacientes desenvolveu complicações cardiovasculares. Entretanto ela continua sendo utilizada no Brasil, já que a  Anvisa liberou a pílula sob venda restrita - mas vedou inibidores de apetite que levavam anfetamina na fórmula. Isso porque o remédio para emagrecer gerou muitos casos de problemas cardiovasculares nos pacientes que o utilizaram. Apesar de tudo, a Sibutramina é a pílula para emagrecer mais procurada para o tratamento da obesidade.


Pra quem esse medicamento é recomendado?


   De acordo com endocrinologista Walmir Coutinho, professor de endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro, e presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso, na sigla em inglês), a sibutramina deve ser utilizada por pacientes com grau de obesidade 1 (quando o Índice de Massa Corpórea, IMC, está entre 30 e 34,9), 2 (IMC, está entre 35 e 39,9) e 3 ( IMC está acima de 40).

Contra-indicações

   A sibutramina é um medicamento indicado para tratar a obesidade e deve ser utilizado apenas como adjuvante no tratamento da obesidade exógena, pois são necessários restrição calórica, aumento da atividade física e modificação do comportamento, tudo isso sob orientação médica devido aos riscos envolvidos.
   Os casos de contraindicação são muitos, dentre eles podem ser citados: Idade inferior a 16 anos ou superior a 60, uso de álcool, obesidade relacionada a outras causas como hipotireoidismo, gravidez, uso de antidepressivos ou medicamentos que atuam no sistema nervoso central, antecedentes de transtornos alimentares como anorexia nervosa ou bulimia, glaucoma, história de hipertensão arterial ou de doença cardíaca, dentre outros casos.

A sibutramina provoca efeitos colaterais?



   De acordo com a ANVISA, são diversos os efeitos colaterais que o medicamento a base de sibutramina pode apresentar. Destacam-se as reações do cérebro e cardiovasculares, que representaram quase a metade das reações adversas. Pode ocorrer dor de cabeça, boca seca, anorexia, náusea, sudorese, nervosismo e palpitação, hipertensão, dentre outros.

 A ANVISA atenta para o fato de a sibutramina agir nos neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina e a dopamina, fazendo com que essas substâncias fiquem disponíveis por mais tempo estimulando os neurônios.  Assim, a pessoa que faz uso desse medicamento sem orientação médica pode vir a desenvolver problemas psiquiátricos como aversão à comida, insônia, alucinações, agressividade e exaltação do humor, comportamento de risco, ansiedade, dentre outras desordens.

   Vale dizer que os efeitos do uso da sibutramina por um longo prazo ainda são desconhecidos, devido ao pouco tempo de experiência e aos poucos estudos de longo prazo envolvendo o medicamento. O seu uso deve ser indicado e sempre acompanhado por um médico e não deve exceder um ano.

Por Gabriella Riccardi

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