sábado, 30 de novembro de 2013

Doenças relacionadas à obesidade: Síndrome Metabólica

O que é a Síndrome Metabólica?

   A Síndrome Metabólica (SM) corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica (dificuldade do hormônio insulina em exercer suas ações). Ela possui uma série de fatores para sua definição, os quais, no entanto, não foram acordados universalmente. No Brasil, por exemplo, a SM ocorre quando estão presentes 3 dos 5 fatores abaixo citados:
  • Obesidade central: circunferência da cintura superior a 88cm na mulher e 102cm no homem;
  • Hipertensão arterial: pressão arterial sistólica mais que 130mmHm e/ ou pressão arterial diastólica maior que 85mmHg;
  • Glicemia alterada: maior que 110mg/dL em jejum ou diagnóstico de diabetes;
  • Triglicerídeos: taxa maior do que 150mg/dL;
  • Dislipidemia: colesterol HDL menor que 40mg/dL em homens e menor que 50mg/dL em mulheres.
   Além desses fatores, a OMS adiciona a microalbuminúria (perda de albumina na urina) aos critérios da Síndrome Metabólica.

   Todos esses critérios estão intrinsecamente ligados à obesidade (sobrepeso, obesidade tipo I e obesidade tipo II) e a um elevado consumo de carboidratos refinados (aqui entendidos como açúcares). O aumento do consumo desses açúcares é responsável por grande parte dessa síndrome devido à possível chance de desenvolvimento de resistência à insulina, que causa um aumento na glicemia sanguínea em jejum. Glicemia a qual irá ser convertida em lípides, causando a dislipidemia. Entre outras palavras, os critérios da SM estão ligados entre si.

   A SM está relacionada também a um maior número de eventos cardiovasculares e apresenta maiores riscos de se desenvolver diabetes. Quando presente, ela está associada a uma mortalidade geral 2 vezes maior que na população normal e mortalidade cardiovascular 3 vezes maior comparada à mesma população.

Tratamentos


   O tratamento da síndrome metabólica é realizado a partir da resolução de seus componentes. Deve-se priorizar, no entanto, a cura da obesidade e da resistência à insulina, o que pode ser feito obtendo-se um estilo de vida saudável com a mudança nos hábitos alimentares e o fim do sedentarismo. Além disso, faz-se necessária a visita a um endocrinologista, o qual pode receitar remédios para o combate a cada componente da SM. Em muitos casos, como quando há obesidade tipo II e/ou o diagnóstico de diabetes, o uso de medicação torna-se fundamental para o tratamento 


Referências:

Por Letícia Valério
   

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